O verão chegou oficialmente no dia 21. E com a maior incidência do sol nesse período, é necessário que os brasileiros tomem cuidados preventivos durante os períodos de exposição solar, ação fundamental para evitar o câncer de pele. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 65% dos casos desse tipo de câncer são provocados pelos raios ultravioleta, que são emitidos especialmente pelo sol, como também em algumas atividades industriais.
Inclusive, estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que o Brasil deve ter 220,5 mil novos casos de câncer de pele não melanoma e 9 mil novos casos de câncer de pele melanoma a cada ano entre 2023 e 2025. Como o câncer é uma doença que não tem notificação obrigatória, não há dados de incidência, apenas de estimativas.
O Ministério da Saúde informa que em termos de proporção da população, o risco estimado de câncer de pele não melanoma é uma média de 102 casos por 100 mil habitantes, sendo 102 mil em homens e 118,5 mil em mulheres.
No Sistema Único de Saúde (SUS) há ferramentas de diagnóstico para câncer de pele em caso de suspeita e diferentes formas de tratamento. Para o diagnóstico da doença, é possível utilizar a dermatoscopia simples ou o mapeamento dermatoscópico.
Já o tratamento depende do tamanho, gravidade e estágio do tumor. Porém, os métodos mais comuns são: cirurgia, radioterapia, quimioterapia, imunoterapia, terapia alvo e terapia fotodinâmica.
Apenas em 2023, foram realizadas no SUS mais de 65 mil cirurgias relacionadas ao tratamento do câncer de pele.
O principal fator de risco para todos os tipos de câncer de pele é a radiação ultravioleta, que provoca lesões no DNA. O dano é cumulativo.
Algumas medidas preventivas contra o câncer de pele são: evitar exposição ao sol no horário de maior incidência de radiação - das 10h às 16h; caso não possa evitar, exponha-se usando filtro solar e roupas adequadas; além disso, é indicado a visita anual a um especialista.
De acordo com o Inca, o câncer de pele pode ser classificado como melanoma e não melanoma. O primeiro é mais raro, mais agressivo e pode levar à morte. Já o não melanoma é o mais frequente e menos grave, mas tem potencial para causar deformações no corpo. É importante lembrar que ambos têm cura se forem descobertos no início.
Entre os fatores associados ao câncer de pele não melanoma estão idade, sexo e ocupação, como por exemplo: trabalho em fabricação de vidros, indústria de eletrônicos, produção e manuseio de óleo mineral não tratado, metalurgia, entre outros.
De acordo com o MS, o uso de medicamentos imunossupressores, como ciclosporina e azatioprina, entre outros, associados à exposição solar, também aumentam o risco.